Os dias nada me levam
Excepto o próprio tempo.
São inúteis, impacientes.
A carga é leve demais
Para se poder chamar existência.
Os dias nada me roubam
Excepto aquilo que não quero ter.
Tudo é como se planeou,
Nada se entrepõe no meu percurso,
E eu quero pedras no meu caminho.
Também quero construir um castelo.
Levem-me a paz,
Farta de paz estou eu.
Que insolência pegar na caneta,
Não há nada para escrever.
Os dias teimam em passar,
Não me ensinam a viver.
Continuo sentada no banco do recreio,
E um dia vou ver que envelheci.
Não quis saber que os dias
Passam sem satisfação,
Não me levantei.
Como queria ter andado no escorrega.
Mas era perigoso, podia cair.
Sentir o vento seria audaz demais.
Não me mexi e estou cansada,
Só de ver os dias passar.
Mania de não levarem nada para contar.
Um dia acabarei no chão.
Vou tombar, levada pelo cansaço.
E ninguém se vai recordar da queda.
Excepto o próprio tempo.
São inúteis, impacientes.
A carga é leve demais
Para se poder chamar existência.
Os dias nada me roubam
Excepto aquilo que não quero ter.
Tudo é como se planeou,
Nada se entrepõe no meu percurso,
E eu quero pedras no meu caminho.
Também quero construir um castelo.
Levem-me a paz,
Farta de paz estou eu.
Que insolência pegar na caneta,
Não há nada para escrever.
Os dias teimam em passar,
Não me ensinam a viver.
Continuo sentada no banco do recreio,
E um dia vou ver que envelheci.
Não quis saber que os dias
Passam sem satisfação,
Não me levantei.
Como queria ter andado no escorrega.
Mas era perigoso, podia cair.
Sentir o vento seria audaz demais.
Não me mexi e estou cansada,
Só de ver os dias passar.
Mania de não levarem nada para contar.
Um dia acabarei no chão.
Vou tombar, levada pelo cansaço.
E ninguém se vai recordar da queda.
ANA
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