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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Saudades dos meus


Em família, em casa:



Rodrigo, dás-me um bocadinho do teu chocolate?

Dou. Toma!

Ena, tão grande. Vais-me dar tanto chocolate do teu?

Vou, porque tu és a minha madrinha favorita.


Ele só tem uma, claro, mas ainda bem que mesmo assim sou a favorita.
Como me fazem falta estes pequenos momentos no meu dia-a-dia.



Rita

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Por outro lado



Mais uma vez, no trabalho, algures pelas horas da madrugada.
Entro no quarto duma paciente, ligo a luz de presença e ela olha-me com uma cara de (em bom português) fuças. Diálogo:

Hi Marjorie, what's up with that face??

Well, to be honest, you're very ugly.

:D

E é assim, quem diz a verdade não merece castigo!



Rita

domingo, 8 de dezembro de 2013

Um mimo sabe sempre bem

A chegar ao trabalho, a arrastar-me para mais uma longa noite de 12 horas e meia, espreito para um dos quartos e vejo uma das minhas doentes (que já é uma do género "cliente habitual") a fazer-me sinal para entrar no quarto e falar com ela. Ainda de casaco e mochila às costas, entrei. Ela pergunta:

Are you on tonight?

Yes, I am.

Ooh, thank God for that!

:) :) :)


E pronto, é por causa de momentos de ternura como estes que eu adoro o meu trabalho!


Rita

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Nota para mim mesma



Quando vires uma porta com um sinal a dizer "push", não puxes, empurra.

Era de esperar que ao fim deste tempo tempo já tivesse parado de bater contra portas.




Rita

sábado, 9 de novembro de 2013

Pontualidade de quem?

Já ouviram falar de pontualidade británica? Pois, eu também já. Mas nunca vi.
Ora então falemos dos transportes daqui da terra. Horários existem, mas não foram feitos para ser cumpridos. 
Das dezenas e dezenas de vezes que usamos os transportes rara foi a vez que chegamos ao destino à hora que nos foi prometida. Quer comboios, quer autocarros, definitivamente não se pode confiar neles para chegar a tempo seja a que for. Longe de nós de ousarmos ter algum compromisso importante e para lá chegar precisarmos de comprar um bilhete.
Se há um acidente na auto-estrada corta-se a estrada e toca a mandar os carros todos por estradas secundárias. Nem que seja um esquilo atropelado por uma trotinete. Ironia, pois claro. Mas a verdade é que eles exageram nas medidas que tomam. Já vi um trecho da auto-estrada fechado por estar um carro batido contra um rail. E as restantes duas faixas sem terem um pedacinho do dito veículo. 
Se alguém se atira para a linha de comboio numa das maiores estações do País, o que é que se faz?? Não, não se corta só a linha, fecha-se a estação toda durante horas que é muito mais giro e estraga a vida a muita mais gente. E dizem vocês "ah, mas não é todos os dias que alguém se atira para a linha". Não, não é! Mas eu já vi comboios a serem cancelados ou atrasados por coisas mais parvas. Vejamos:
Manutenção da linha: ok, eu sei que tem de ser feita, mas eles não conseguem prever que vão ter de alterar alguns horários? Esperam que as pessoas comprem bilhetes, estejam na estação às 9 da manhã para avisarem que afinal aquele comboio não vai sair e só há outro às 10.30h.
Neve: ora, num país que neva toooooodos os anos, e que desde há muitos que é possível prever o tempo que vai fazer nos próximos dias (essa coisa mítica chamada meteorologia), era de esperar que eles conseguissem antever uma queda de neve e que estivessem sempre preparados para quando começa a nevar. Mas não, neve é coisa do outro mundo. Um dia compramos um bilhete directo Londes-Southampton, mas como entretanto começou a nevar (nada de grandes tempestades, ou coisa que o valha) tivemos de mudar de comboio 4 vezes, transformando uma viagem de 2 horas em 4 horas e tal....

Enfim, chego à conclusão que os Ingleses são é uns atados do caraças. Deviam ir uns tempos a Portugal aprender a lei do desenrasca!

Rita

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vai ser tão bom, não foi?

E pronto, estamos de volta a terras de sua Majestade.

Ir de férias a Portugal é um sentimento mais contraditório do que se possa pensar. Passa-se as semanas antes a desesperar porque nunca mais chega o dia. E passa-se a última semana das férias a deprimir porque elas já estão a acabar.
Agora vivo com aquele sentimento que já não pertenço a lado nenhum. Portugal já não nos quer, e aqui, embora sejamos bem tratados seremos para sempre estrangeiros, seremos sempre diferentes.

A nossa casa será para sempre a nossa casa, mas engana-se quem acha que x semanas por ano chegam. É a nossa casa, mas não já não é onde moramos. E onde moramos até poderia ser a nossa casa, mas falta-lhe tanto para lá chegar. Temo que nunca lá chegue. Falta-lhe os jantares em família, falta-lhe as gargalhadas entre amigos, falta-lhe o toque constante da campainha e alguém prontamente a gritar "está aberta!". 

Ser emigrante é mais do que estar longe. Roubam-nos o tempo, roubam-nos os momentos. É não podermos estar lá quando as coisas importantes acontecem. Quando alguém nasce, quando alguém morre. Porque estar longe não custa, a sério que não. Umas horas de avião e estamos de volta. Custa é não estar presente nas pequenas parvoíces do dia-a-dia. Não há telefone ou skype que nos valha.
Amo muito o meu país, mas tenho-lhe uma mágoa que já não é de se perdoar. 

Rita

domingo, 3 de novembro de 2013

Hoje ao almoço....



...tivemos Mister Pacman, the potato!!




Que é como quem diz, batatas a murro! ;)


Rita